Uma avaliação sobre consumo de água e perdas na distribuição em Piracicaba

Recursos hídricos em Piracicaba

Publicado em 17/06/2014 - 12:00
Uma avaliação sobre consumo de água e perdas na distribuição em Piracicaba

No inicio de junho o Observatório Cidadão lançou um estudo sobre uma série de temas ambientais em Piracicaba. No âmbito dos “recursos hídricos”, chama atenção o fato de Piracicaba ter um elevado nível de consumo de água diário, além de uma relevante perda de água durante o processo de distribuição. Acesse aqui o documento.

Consumo de água per capita

Um dos indicadores presentes no estudo, “Consumo de água per capita”, revela que de 2001 a 2013, houve um aumento de 8%, que passou de 203 para 220 litros. Neste período, houve flutuações em uma faixa de 190 a 250 litros por habitante. Com estes valores, o consumo per capita de água em Piracicaba é superior a média nacional e estadual, com 162 e 187 litros por habitante ao dia. As médias são computadas pelo Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), de 2011.

O consumo de água diário per capita do município é calculado pela soma do consumo diário dos setores residencial, comercial, industrial, público, hortas e assistencial dividido pela população urbana.

Fonte: Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) e SEADE

Segundo o professor Rodrigo Moruzzi, da UNESP de Rio Claro, “o consumo está acima das médias Estadual e Nacional, assim, práticas de consumo consciente e uso racional da água devem ser sempre incentivadas”.

Perdas na distribuição

Já o indicador referente a “perdas na distribuição” revela que, na última década, houve um aumento das perdas em 6%, que passou de 40,6%, em 2001; para 46,2%, em 2011, sendo que houve um pico de 50% em 2004. Nota-se que Piracicaba possui um índice de perdas elevado, em comparação à cidade vizinha, Limeira, por exemplo, que possui 14,82% de perdas.

A porcentagem de perda de água na distribuição é calculada pela divisão do volume anual de água produzido pelo volume anual de água consumido pelos diferentes setores.

Fonte: Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS)

Segundo o Professor Bernardo Teixeira, da UFSCar, “os valores do indicador são elevados, porém comuns no Brasil. De qualquer modo, o indicador é desfavorável e seria desejável uma meta inicial de redução para cerca de 30%”.

Gestão ambiental no municípios 

É responsabilidade dos municípios o abastecimento de água e o saneamento ambiental, por isso medidas como o controle das perdas, o consumo sustentável da água e o tratamento de esgotos devem estar em primeiro plano na agenda das políticas públicas locais.

É importante ressaltar que os cidadãos tem um papel fundamental em toda a gestão ambiental do município, tanto com a prática de ações de redução e do uso adequado de recursos naturais, quanto com a participação das discussões e proposições de políticas públicas ambientais.

 

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