Conselheiros exercitam cidadania

Publicado em 10/05/2013 - 12:00
Conselheiros exercitam cidadania

Para ser conselheiro é preciso reunir algumas características como proatividade, certa dose de paciência e uma vontade imensa de fazer diferença, na construção de uma sociedade melhor, mais justa e inclusiva. Há quem diga que é perda de tempo, mas eles garantem que as experiências e o conhecimento valem para toda a vida. A motivação vem da certeza de contribuir para uma cidade melhor para todos.

Maristela Negri Marrano, do Conselho do Idoso é coordenadora na Faculdade da Terceira Idade da Fatep (Faculdade de Tecnologia de Piracicaba), tem uma relação histórica com a terceira idade, que foi tema de sua dissertação de mestrado, além de conviver com familiares octagenários. “Eu penso que todos nós passaremos por isso. Todos nós envelheceremos e temos que diminuir o preconceito existente”.

Ela disse que tomou como missão a proposta de ajudar as pessoas a envelhecerem com qualidade. “Algo que eu possa fazer já é bom, além disso, o retorno é grande”, explicou.

O aposentado Irineo do Nascimento, 78, escolheu Piracicaba para viver depois de anos nos Estados Unidos, mas logo que chegou já foi procurando formas de participar da vida de seu bairro. “Toda vida sempre fui bairrista, até nos USA eu procurei a Câmara do Comércio dos Latinos para participar. Eu sempre me preocupei em participar”, disse ele.

Morador do Taquaral, ele participa do Conselho da Cidade e do Conselho da Saúde, porque acredita que participando pode motivar pessoas, dialogar com o poder público e ajudar a cidade a melhorar. “As pessoas reclamam muito, mas agem pouco. Minha esposa me acompanha em tudo. Ela é minha companheira inseparável”, disse ele sobre a mulher, Aurora Rocha Nascimento.

A pedagoga Tainá Rekã Wanderley de Paula, que participa dos conselhos da Educação e dos Direitos da Criança e do Adolescente, também tem história de participação em colegiados representativos. Ainda na faculdade participou do movimento estudantil e trabalhou em ONG (Organização Não Governamental). “Eu acho que isso é parte da democracia, do exercício do controle social e também da transparência”, disse ela.

Tainá é coordenadora do Espaço Pipa Síndrome de Down, que permite a participação da conselheira em diversos colegiados. “Sem essa mentalidade e esse apoio seria bem difícil”, disse ela.

A maior dificuldade de Tainá é envolver e trazer novos participantes para as discussões da sociedade civil organizada, ou seja, ampliar a participação. Ela repassa para a instituição que representa todas as discussões dos conselhos, além de divulgar tudo em seu blog (tainareka.wordpress.com). “Eu acredito que a participação é algo que se aprende”, disse ela.

Para Tainá, a grande lição da sua experiência de participação em conselhos e colegiados foi “aprender a se colocar no lugar do outro”. Fica a dica!

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